quinta-feira, 24 de junho de 2010

Aborto é inserido em tema de novela

(23/6/2010)
Jornal Diário - Marília | Editorial
http://www.diariodemarilia.com.br/Noticias/84297/Aborto-inserido-em-tema-de-novela
 
Pela primeira vez, a Rede Globo coloca como tema da novela das nove, a questão do aborto. Alinhada com o pensamento do governo federal (que há quase duas décadas tenta legalizar o aborto no Brasil), sua abordagem é reforçar o discurso do governo, que defende o aborto como questão de saúde pública.

O PL 1135/91, que tramita no Congresso Nacional, foi rechaçado pela Comissão de Seguridade Social e Família, em dezembro de 2005, e novamente repudiado pela mesma Comissão da Câmara dos Deputados, em 7 de maio de 2008, por unanimidade (33 votos a zero), fato inédito na história do parlamento brasileiro, principalmente se tratando de deliberações controversas. O mesmo projeto de lei foi reprovado também pela Comissão de Constituição e Justiça, devendo ser apreciado e votado pelos deputados da próxima legislatura.

Não sendo possível aprovar a legalização do aborto pela via legislativa, há empenho de muitas ONGs e entidades pró-aborto em viabilizá-lo via judiciária, com a aprovação da ADPF 54, que visa autorizar o aborto em casos de anencefalia pelo Supremo Tribunal Federal, abrindo assim a porta para a legalização do aborto no Brasil, conforme declaração do Ministro Marco Aurélio Mello, relator da ADPF 54.

O Movimento Brasil Sem Aborto é o principal organismo da sociedade civil brasileira que vêm liderando o movimento de conscientização sobre as várias implicações (econômicas, jurídicas, políticas, antropológicas, científicas, demográficas, etc.) que envolvem a discussão sobre a legalização do aborto no Brasil.

O aborto não é somente uma questão de saúde pública, mas uma estratégia política de poderosos grupos econômicos que interessam impor a mentalidade anticonceptiva na sociedade brasileira e também na América Latina, visando inclusive à redução demográfica (que já ocorre significativamente sem leis opressoras).

O candidato José Serra, em sabatina na UOL foi claro ao dizer que quanto à lei sobre o aborto prefere que fique do jeito que está hoje, quando o Código Penal não pune a prática do aborto somente em casos de estupro ou em situação de risco de saúde da mulher. O assunto merece um debate sério, pois o que vemos é uma mídia incentivando a sexualidade precoce e irresponsável, em vez de valorizar a fidelidade e o compromisso nos relacionamentos. O aborto é efeito de uma cultura perversa que reduz a pessoa humana a objeto de consumo e à lógica do descartável. Daí que precisamos estar atentos para que possamos ter força para afirmar a cultura da vida, num meio de grandes ameaças ao bem da vida e da pessoa humana.

*Valmor Bolan é Doutor em Sociologia,Diretor da Universidade Corporativa Anhanguera e de Relações Institucionais da Anhanguera e Reitor do UNIA
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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Em novo vídeo, Andrea Bocelli elogia a escolha de sua mãe de não abortá-lo




A HAIA, 07 Jun. 10 (ACI) .- O cantor italiano Andrea Bocelli contou a história da gravidez de sua mãe, durante a qual os médicos sugeriram que ela abortasse porque ele podia nascer com uma deficiência . Em um novo vídeo, ele elogia a sua mãe por ter feito a escolha "certa", dizendo que outras mães devem ter o incentivo desta história.

Em um vídeo no site YouTube intitulado "Andrea Bocelli conta uma "historinha" sobre o aborto", o cantor se senta diante de um piano e conta ao público uma história sobre uma jovem esposa grávida internada por "um ataque de apendicite simples."

"Os médicos tiveram de aplicar gelo em seu estômago e quando terminaram os tratamentos os médicos sugeriram que ela abortasse a criança. Eles disseram que era a melhor solução, porque o bebê nasceria com alguma deficiência.

"Mas a jovem mulher corajosa decidiu não abortar, e a criança nasceu," ele continuou.

"Essa mulher era minha mãe, e eu era a criança. Talvez eu tenha parte no assunto, mas posso dizer que aquela foi a escolha certa".

Ele disse esperar que a história pode incentivar muitas mães em "situações difíceis", que querem salvar a vida de seus bebês.

Bocelli possui glaucoma congênito e perdeu a visão completamente aos 12 anos de idade, após ser atingido na cabeça durante um jogo de futebol.

O vídeo foi produzido pela www.IamWholeLife.com, uma iniciativa do grupo Human Rights, Education and Relief Organization  (Direitos Humanos, Educação e Organização de Auxílio) ou HERO por suas siglas em inglês). A HERO é um parceiro do ator pró-vida Eduardo Verástegui.

O vídeo em italiano com legendas em inglês pode ser visto em: http://www.youtube.com/watch?v=6QfKCGTfn3o&feature=player_embedded

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Região da Itália dará R$ 10 mil a mulher que desistir de aborto

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/06/100602_italia_aborto_aw.shtml


Grávidas terão que provar estar passando por dificuldades financeiras


O presidente da região da Lombardia (norte da Itália), Roberto Formigoni, anunciou que o governo local pretende oferecer US$ 5,5 mil (o equivalente a cerca de R$ 10 mil) a mulheres grávidas para que desistam de abortos.
Para receber o dinheiro, que seria pago ao longo de 18 meses, as mulheres terão de provar que enfrentam problemas financeiros.
Formigoni, que é católico e aliado do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, disse que nenhuma mulher na Lombardia deveria interromper uma gravidez por causa de dificuldades econômicas.
O aborto é permitido por lei na Itália desde 1978.
Os dados mais recentes sobre abortos na Itália revelam que em 2008 foram realizados cerca de 120 mil no país.


De acordo com o correspondente da BBC em Roma Duncan Kennedy, o número de abortos parece estar caindo, chegando a quase à metade do registrado em 1982.
Um porta-voz da Conferência de Bispos Italiana reagiu à nova política dizendo que "qualquer coisa que respeitar a vida deve ser aplaudida".
Ainda segundo o correspondente da BBC, críticos da medida ressaltaram que, se todas as mulheres da Lombardia com problemas financeiros decidirem manter seus bebês, a verba do governo se esgotará em três meses.

Pacientes com síndrome de Down no Canadá: "Estamos em perigo de extinção ?"

A demonstration held in front of the Laval University Hospital (CHUL) in Quebec on 21 May 2010 criticised the introduction of a public programme to screen for Down syndrome (See Press review of 22-26/02/10). Parents of Down syndrome children and adult sufferers voiced their opposition to this systematic screening which is discriminatory and leaves women no other solution but abortion.

"Are we in danger of extinction?" questioned Roselyne Chevrette, a woman in her thirties with Down syndrome and spokesperson for the Coalition against the public Down syndrome screening programme. The Coalition explained its opposition to "selecting foetuses with genetic particularities" which could lead to "eugenic abuse". "We don't believe in free and informed consent as the average consultation in Quebec lasts 6.5 minutes, which seems too short to outline a complex problem of such importance. Furthermore, approximately 40% of women who had an ultrasound and a blood test were not aware that they could be faced with a decision not to continue their pregnancy at some point."

"Where will this end? [...] Who will not be allowed to live in the future?" questioned Diane Milliard, managing director of the Quebec Association for Community Living (QACL). She fears that social pressure will be very strong should tests confirm a foetus has Down syndrome, in which case abortion will become the easy way out.

Dr Jean-Claude Forest, chairman of the steering committee for the Quebec Down syndrome prenatal screening programme, said he understood families' concerns: "They are quite right to say [they have a right to live] and to be concerned about the way society will judge them." But he supports the "possibility of choice". For him, the idea is that "women who want to make an informed decision whether to continue their pregnancy may do so based on all the available tools".

The Coalition is organising for an inclusive society which accepts handicapped people and is also informing people about the "issues involved in over medicalising pregnancy" and the "undue pressure placed on pregnant women once the screening process begins".

Cyberpresse.ca (Baptiste Ricard-Châtelain) 22/05/10 - Lejournaldequebec.canoe.ca (Diane Tremblay) 21/05/10 - Inclusif.ca (Rachel Germain) 22/05/10 - Monde actu.com 23/05/10