DUALA, quarta-feira, 15 de julho de 2009 (ZENIT.org).- Mais de 20 mil pessoas participaram da marcha de protesto contra a legalização do aborto que aconteceu pelas ruas de Duala no sábado, aniversário da aprovação do Protocolo de Maputo.
O arcebispo de Duala, o cardeal Christian Tumi, guiava a marcha, que acabou com uma missa conclusiva, informa a agência Fides.Uma delegação composta por representantes católicos, protestantes e muçulmanos entregou ao Governador uma carta para o Presidente da República e um pedido, respaldado com cerca de 30 mil assinaturas.
Ameaça a dignidade da mulher e o núcleo familiar
Durante a Eucaristia, na homilia, o bispo coadjutor de Duala, Dom Samul Kleda, afirmou que “não se pode pretender defender a mulher propondo-lhe o aborto ou meios contraceptivos que ameaçam sua dignidade e seu núcleo familiar”.
Explicou que a Igreja adere ao projeto de proteger a mulher, “mas nenhuma razão é válida para provocar o aborto ou o infanticídio”, acrescentou.
O “Protocolo da Carta dos direitos do homem e dos povos relativos aos direitos da mulher” foi aprovado durante a segunda sessão ordinária da União Africana em Maputo (Moçambique) em 11 de julho de 2003.
A Igreja católica manifestou sempre sua oposição ao parágrafo do Protocolo que estabelece a proteção dos direitos reprodutivos das mulheres.
O texto autoriza o aborto médico nos casos de violação, incesto, e quando a continuação da gravidez possa colocar em perigo a saúde física ou mental da mãe ou a vida da mãe e do feto.
Recentemente, a Conferência Episcopal do Camarões publicou uma declaração na qual expressa sua oposição à legalização do aborto prevista pelo Protocolo.