segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Dilma, levando a incoerência as suas últimas consequências

Breve comentário do Cultura da Vida:


Antes do início da disputa eleitoral, Dilma Roussef se dizia pessoalmente a favor do aborto. Depois que vislumbrou a ameaça da derrota, se disse contra o aborto e vítima de quem afirmou o que ela mesmo havia dito (que era a favor do aborto). Agora, num lapso de total desespero, se diz contra o aborto mas a favor da descriminalização, tudo ao mesmo tempo. 

Dilma Roussef está levando a palavra incoerência a limites jamais visto antes "na história desse país"; é capaz de transitar por todo o tipo de postura e convicção em questão de segundos, insultando a inteligência e desrespeitando toda uma nação, ainda mais num assunto tão sério quanto o início da vida humana.

Ela é capaz de prometer que não enviará para a câmara projetos para legalização do aborto, de aparecer na TV se dizendo uma "defensora da vida" e dos "valores mais sagrados", e ao mesmo tempo não é capaz de se comprometer a vetar qualquer outro projeto de legalização do aborto redigido por qualquer outro parlamentar do nosso país e nem de pedir o engavetamento do PNDH3 endossado por ela quando ministra da Casa Civil. Quem se diz radicalmente contra uma prática que visa exterminar a vida de um ser humano na sua fase mais indefesa e termina a frase com um "mas", já mostrou que é negociador e que não merece confiança.

A seriedade não existe mais neste país, saiu correndo e foi se axilar além-mar, cansado de tanta injúria e ingratidão por parte dos filhos deste solo tupiniquim, esperançoso de que algum dia exista quem o queira de volta.

Deus tenha misericórdia de nós.




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Dilma a TV católica: sou contra aborto, mas realidade é outra






A candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, procurou nesta segunda-feira (11) se posicionar mais uma vez contra o aborto e prometeu que, se eleita, não enviará "nenhum projeto transformando legislação" sobre o tema. Mas ressaltou que existe uma realidade que precisa ser enfrentada.
"Eu, pessoalmente, sou contra o aborto...porque é uma violência contra a mulher e eu sou a favor da vida", disse Dilma, em entrevista à Rede Aparecida.
"Agora há um fato muito grave que acontece. Meninas jovens grávidas e mulheres jovens grávidas, sem marido e sem família, ou uma família muito desestruturada, que recorrem a práticas que a gente não apoia, mas a gente tem que reconhecer que existe", acrescentou. "Eu pretendo atendê-las, eu não vou prendê-las, vou cuidar delas."
O aborto foi um dos temas religiosos que afloraram na reta final da campanha e que, segundo avaliação de analistas e da própria equipe da candidata, custaram votos importantes em setores evangélicos e religiosos. Antes da campanha, Dilma defendeu a descriminalização do aborto.
A petista aproveitou para reclamar uma vez mais ter sido vítima de uma campanha onde não houve "uma discussão franca, olho no olho, em que as pessoas falam e as outras respondem".
E defendeu que seja feita uma mobilização nacional para valorizar a vida e reduzir os abortos realizados por quem não vê perspectiva para seus futuros filhos, por meio do fortalecimento dos laços familiares e mecanismos religiosos.
"Acho que as religiões todas podem dar uma contribuição de a gente criar uma proteção para explicar para essas pessoas que pode sim criar o filho, que pode sim educar o filho, que ele não vai ser abandonado".
A petista reconheceu que, em uma campanha, é preciso discutir além de propostas também valores, entre eles os religiosos, e argumentou que uma pessoa com fé pode governar melhor.
"Não acho que está proibido que alguém que não tenha fé seja presidente do Brasil, mas quem tem fé, eu parto do princípio que tem valores éticos, que tem compromissos éticos maiores, aqueles, por exemplo, que Cristo pregava, com os mais pobres".