quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Tempos interessantes


http://www.gazetadopovo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?tl=1&id=1195579&tit=Tempos-interessantes
Como dizia a praga, chinesa, vivemos “em tempos interessantes”. Estes são os tempos em que acontecem as coisas que são lembradas em livros de História: guerras, ditaduras, desastres... Os tempos “desinteressantes”, em que se vive pacificamente, nada têm que os faça memoráveis.
E, nestes nossos interessantíssimos tempos, ocorreu um episódio curioso que mostra bem a situação atual da política e da mídia no Brasil. A estação de tevê católica Canção Nova contratou e descontratou em tempo recorde nada menos que o presidente do PT de São Paulo para apresentar um programa.
Pelo que ouvi dizer, parece que o sujeito é um dos envolvidos na triste tentativa de calar a boca dos bispos que apontaram, na época da eleição, o fato de o PT ter a legalização do aborto em sua plataforma. Ora, não fizeram os bispos mais que seu dever. Se um partido tem uma posição definida, é mais que correto que esta posição seja conhecida, tanto pelos que a apoiam quanto pelos que lhe são contrários, e na Igreja compete aos bispos dar este tipo de orientação pastoral.
O fim do programa provavelmente se deve ao escândalo que causou, com farta mobilização das redes sociais, apelos a Roma e ao bispo local (aliás, uma das vítimas da tentativa de censura na época da eleição). Diplo­maticamente, ao invés de um mea culpa público e uma demissão fragorosa, foram cortados todos os programas de pessoas que têm mandato eletivo, o dele inclusive.
A questão, contudo, é outra: que país é este, em que pode parecer uma boa ideia a uma emissora de televisão católica dar espaço em sua programação para alguém que prega o contrário do que prega a Igreja? Em que a presidência estadual do partido que ocupa o governo federal equivale a uma qualificação para ensinar o que não se sabe? Em que as emissoras comerciais apresentam tamanha quantidade de anúncios do governo federal – pagos com os nossos impostos e frequentemente inúteis, como os anúncios milionários com o pretexto do Enem – que sua perda súbita lhes causaria sérios problemas de caixa? Em que a fragilidade e arbitrariedade do sistema federal de concessões de telecomunicação faz com que uma emissora religiosa, que não transmite anúncios, se veja tentada a ganhar alguma estabilidade dando um programa a um político governista?!
O PT não conseguiu aprovar a Lei de Imprensa que propôs, mais restritiva que a do governo militar, mas está acabando com a liberdade da mídia pelas beiradas. Este é só mais um caso. São, realmente, tempos interessantes estes em que vivemos.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Primeira mão: Canção Nova tira do ar programas de Chalita e Edinho Silva

A notícia abaixo feita pela Folha de São Paulo não poderia ser melhor: respeitando sua dignidade e a voz justa de seus sócios e contribuidores, a TV Canção Nova decidiu retirar da sua grade de programação todos os apresentadores que são também políticos. E com isso, retira também a presença de Edinho Silva, presidente do PT de São Paulo, perseguidor da Igreja, militante das bandeiras gayzistas, abortistas e marxistas. É um ato de honestidade e retidão que precisa ser reconhecida e divulgada na mesma medida das críticas que foram feitas, até para que seus dirigentes permaneçam firmes nessa direção e para que também se sintam incentivados a fazer a coisa certa, ainda que custe. Que também esteja claro que o que importa para os católicos não é uma programação de TV católica feita por pessoas não partidárias, mas sim por pessoas fiéis a voz do Magistério, da Tradição e das Sagradas Escrituras, sempre. O que se espera e se vai continuar esperando da TV Canção Nova é coerência, honestidade e fidelidade aos princípios que construíram essa emissora ao longo dos anos e que assim permaneça para o bem da Igreja e de todo o povo de Deus. 


Rede Canção Nova tira do ar programas de Chalita e Edinho Silva

A rede Canção Nova, emissora de TV e rádio ligada ao movimento católico Renovação Carismática, resolveu tirar do ar os programas comandados pelos deputados federais Gabriel Chalita (PMDB-SP) e Eros Biondini (PTB-MG), pelos estaduais Edinho Silva (PT-SP), Paulo Barbosa (PSDB-SP) e Myriam Rios (PDT-RJ), e pela primeira-dama paulista, Lu Alckmin, informa o "Painel", editado por Renata Lo Prete e publicado na Folha desta segunda-feira (íntegradisponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Embora a decisão tenha sido tomada no atacado, o elemento precipitador foram as reações negativas de fiéis e lideranças da igreja à recente incorporação de Edinho, presidente do diretório estadual petista, ao quadro de apresentadores da Canção Nova.

Conexões "Justiça e Paz", o programa de Edinho, estreou em 3 de novembro tendo como convidado Gilberto Carvalho. Principal mentor político do deputado petista, o secretário-geral da Presidência foi também articulador da aproximação entre a campanha de Dilma Rousseff e a Canção Nova no segundo turno da eleição presidencial. Até então, a candidata vinha sendo duramente combatida por religiosos da Renovação Carismática.
Leia mais na edição da Folha desta segunda-feira, que já está nas bancas.

domingo, 13 de novembro de 2011

Canção Nova, aliada dos inimigos da Igreja

Não é de hoje que minha família deixou de contribuir financeiramente com a Canção Nova. Quando em 2010, em plena época eleitoral, a TV Canção Nova tirou do ar e pediu desculpas ao público pelas palavras do Pe. José Augusto, que na ocasião proferiu uma pregação contra os planos institucionais do PT para legalização do aborto - entre outros ataques a família - e em seguida um dos seus pupilos, Gabriel Chalita, veio a público defender Dilma Roussef de não ser a favor do aborto - o que era uma falsidade comprovada - já não precisavámos de mais nenhum motivo para deixar de financiar quem transigia com o inegociável.

Essa semana a Canção Nova se superou mais uma vez na sua busca obstinada pela corrupção da verdade e pela deformação intelectual do seu público. Deram um programa a nada mais, nada menos, do que ao Presidente do PT de São Paulo, Edinho Silva, responsável pela apreensão dos folhetos da Regional Sul da CNBB (que alertava a população acerca dos compromissos do PT para a legalização do aborto em 2010), e também defensor da ideologia revolucionária, da ideologia militante homossexual entre outras flagrantes incoerências com uma emissora que se diz Católica, Apostólica e Romana.

Seria como se a TV Record desse um horário exclusivo em sua grade de programação para o Papa Bento XVI! Seria irônico se não fosse mais uma atitude em linha de continuidade com os absurdos cometidos desde o ano passado e que merece uma reação enérgica de toda a comunidade católica do Brasil - que aliás, construiu com seu dinheiro a Canção Nova - para que essa associação com o esquerdismo anti católico cesse de uma vez e para que ela volte a agir como uma rede verdadeiramente católica e coerente com seus princípios e valores inegociáveis. Eu e minha casa serviremos ao Senhor, e não financiaremos mais a mentira e a corrupção. 

É possível ver várias mensagens de repúdio na FanPage da Canção Nova no Facebook, entre outras iniciativas populares contra esse ato genuíno de traição e vilipêndio a fé católica. Não fique em silêncio, manifeste-se também, escrevendo emails, avisando seus amigos e familiares e principalmente, rezando para que a Canção Nova retifique seu comportamento. Leia também as manifestações de outros sites a respeito do mesmo tema:

http://www.deuslovult.org/2011/11/11/mais-uma-vela-para-o-demonio-cancao-nova-da-programa-a-inimigo-da-igreja/

http://diasimdiatambem.com/2011/11/11/presidente-do-pt-estreia-programa-na-cancao-nova/ 

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Ministério público divulga oposição ao aborto de anencéfalos

Pela primeira vez o tema “Anencefalia e Direito à Vida” foi abordado a partir do Maranhão para todo Brasil, por meio de videoconferência, na última terça-feira, 1º de novembro, com a procuradora-geral de Justiça, Maria de Fátima Rodrigues Travassos Cordeiro. A iniciativa foi fruto de um convite do II Congresso Internacional pela Verdade e pela Vida, promovido pela Human Life International (HLI), organização presente em 105 países, que desenvolve ações pela promoção da vida humana. 

A videoconferência, com duração de 45 minutos, foi transmitida pelo canal oficial de vídeos do congresso, www.livestream/congressoprovida, e contou com a participação dos espectadores por meio de chat. Na ocasião, a procuradora-geral de Justiça do Maranhão comentou sobre a importância da atuação do MP na defesa do direito à vida e argumentou sobre a inconstitucionalidade do aborto de fetos anencefálicos, uma vez que o Brasil é signatário do Pacto de São José da Costa Rica, o qual garante a proteção à vida humana desde a concepção. 

Fátima Travassos lembrou que o Brasil já foi punido por violar pactos internacionais de Direitos Humanos. Em 2005, com o caso dos “meninos emasculados”, no Maranhão, o Brasil respondeu pelo Pacto formado na Convenção Americana de Direitos Humanos, ratificada em 1992. O acerto, estruturado em quatro pontos, exigiu: julgamento e punição dos responsáveis, reconhecimento de responsabilidade, reparação dos danos e elaboração de políticas públicas para que violações de direitos dessa natureza não se repitam. 

No caso do aborto de anencéfalos, a procuradora foi enfática: “A vida humana precisa ser defendida! E o Ministério Público é um órgão que está comprometido em fazer valer o direito dos cidadãos, principalmente por ocasião da concepção, direito inalienável a todos”. Durante a videoconferência, moderada pela assessoria de comunicação do congresso, o canal do evento contou com a maior audiência desde o último sábado, 29, quando foram debatidas questões relacionadas à morte cerebral. 

Entenda a discussão 

Na segunda metade de junho de 2004, foi promovida a ação ADPF/54 – Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 54-DF. Promovida perante o Supremo Tribunal Federal, requeria autorização em todo o território nacional, para a prática do aborto, em qualquer período da gestação, nos casos de fetos com anencefalia (ausência de parte variável do encéfalo). A ação foi pedida em nome da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde. Ainda não foi preferida a decisão do STF. 

Como o Supremo Tribunal Federal não tem autoridade para derrogar leis ou abrir novas exceções às proibições legais, o autor da ação pede que o STF interprete que a antecipação do parto de uma gestação de um anencéfalo, com a conseqüente morte do concepto, não se considere como prática de aborto. "Uma decisão favorável a esta ação pode abrir um precedente jurídico para a legalização do aborto no Brasil que, de acordo com o código penal, é crime em qualquer situação, porém não é punido nos casos de estupro e de risco de vida para a mãe", declarou a procuradora-geral de Justiça. 

Para Fátima Travassos, o feto anencefálico não é um natimorto por natureza. "Colocar em pauta os abortos de anencéfalos é inconstitucional, pois fere o direito natural à vida”, explicou a chefe do MPMA, que se colocou, durante a videoconferência, contra todo e qualquer aborto, baseando-se na Constituição Federal e no Pacto Internacional de São José da Costa Rica. 

Para o jornalista pró-vida Wagner Moura, um dos colaboradores do II Congresso Internacional pela Verdade e pela Vida, “o tema é atual, uma vez que está na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá a respeito da constitucionalidade do aborto de anencefálicos”, explicou pontuando o motivo do tema na videoconferência. 

Expectativa de vida 

Em sua videoconferência, Fátima Travassos, citou o caso da menina nascida em Patrocínio Paulista (SP), Marcela de Jesus, diagnosticada com anencefalia. O bebê viveu durante um ano, oito meses, e 12 dias, contrariando todas as expectativas médicas, pois, em geral, crianças anencefálicas têm uma breve vida extra-uterina. 

Enquanto Marcela esteve viva a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 54 (ADPF 54), que pretende que o Supremo Tribunal Federal declare “atípico” o aborto de anencéfalos, ficou paralisada. 

A respeito da expectativa de vida dos fetos anencefálicos, uma comissão de especialistas gravou o documentário “Quantos eu te amo eu poderia ter escutado em 15 min”, disponibilizado para as redes sociais de vídeo. 

A videoconferência da procuradora-geral de Justiça será disponibilizada em DVD para pesquisa e aprofundamento do tema, na biblioteca do MPMA. Além disso, está disponível (sem edição) a todos no site www.livestrem/congressoprovida. Como fruto da ocasião, a procuradora comprometeu-se ainda em motivar grupos de estudos e defesa sobre casos de anencefalia e sobre o direito à vida. 

Redação: Virgínia Diniz - CCOMMPMA