domingo, 29 de junho de 2008

É falso que despenalizando o aborto diminuirão as mortes maternas

Austin Ruse, Presidente de C-FAM, em seu conhecido Friday Fax (Fax das sextas-feiras) de 17 de Fevereiro nos traz uma excelente noticia. Uma das afirmações centrais do argumento das feministas para despenalizar o aborto foi totalmente desacreditada. “The World Mortality Report: 2005” publicado a inícios deste ano pela Divisão de População da ONU apresenta a informação estatística mais recente que contradiz a pedra angular do discurso pró abortista.

“The World Mortality Report: 2005” é o primeiro relatório de tais dimensões feito pela Divisão de População da ONU. Mede a mortalidade materna e mortalidade infantil entre outras variáveis em todos os países do mundo baseado na informação mais recente e confiável entre o 2000 e o 2004.

De acordo a estes dados, as nações que legalizaram o aborto não experimentaram uma queda nas taxas de morte materna. Nem têm taxas de mortalidade materna mais baixas que aqueles países onde ainda é ilegal.

Os defensores do aborto repetiram até o cansaço que o aborto ilegal era uma das causas mais importantes de morte materna e por isso solicitavam sua despenalização. Os comitês de vigilância de alguns tratados internacionais, como o Comitê da CEDAW e o Comitê de Direitos humanos, vinham “recomendando” a despenalização do aborto a nossos países latino-americanos apoiados na mesma asseveração. Sustentavam que o direito ao aborto deveria ser garantido pelas leis internacionais porque o aborto ilegal levava a um indiscutível incremento nas mortes maternas.

Este novo relatório procedente da ONU mostra o grande erro em que se encontram.










Clique aqui para baixar o relatório "The World Mortality Report: 2005"

Uma comparação de 4 países

Catholic Family and Human Rights Institute, uma organização que participa das Nações Unidas, realizou uma revisão e comparação das cifras de mortalidade materna em 4 países desenvolvidos em base às cifras do “The World Mortality Report: 2005”. Esta revisão confirma uma realidade muito distinta ao que dizem os pró abortistas.

Rússia, onde o aborto há muito tempo é considerado outro método de planificação familiar, tem uma taxa de mortalidade materna de 67 mortes por cada 100,000 nascimentos. Nos Estados Unidos que conta também com leis muito permissivas para o aborto, a taxa é de 17 mortes por cada 100,000 nascimentos.

Irlanda e Polônia, ambos continuamente sob protesto dos grupos pró abortistas por suas leis restritivas em contra do aborto, têm taxas de mortalidade maternas mais baixas. Estes países aos quais é enviado o infame navio para promover a prática do aborto, têm 5 mortes por cada 100,00 nascimentos (Irlanda) e 13 mortes por cada 100,000 nascimentos (Polônia).

A despenalização tampouco diminui a mortalidade infantil como erroneamente sugerem os pró abortistas, inclusive se subtrairmos o número de abortos do indicador de mortalidade infantil. Irlanda tem a taxa mais baixa de mortes infantis com 6 mortes por cada 100,000 nascimentos vivos, enquanto que a Polônia e Estados Unidos têm 7, e Rússia tem 12 mortes por cada 100,000 nascimentos vivos.

Este relatório confirma que os pró aborto sempre mentiram

O Dr. Bernard Nathanson já tinha contado com detalhes como se exageraram as cifras de morte materna nos Estados Unidos prévias a sua legalização em 1973. Nathanson, um dos artífices dessa mentira, ensinou a muitos que mentindo sobre as cifras em relaçãoi à morte materna convenceriam aos legisladores e à opinião pública de legalizar o aborto. Como resultado de sua mudança radical em sua posição sobre o aborto, converteu-se no pior dos caluniadores dos pró abortistas.

A estratégia empregada por Nathanson foi se repetindo em todo país onde se quis legalizar o aborto. À força de tanta repetição são poucas as pessoas que se atrevem a questioná-lo. Entretanto, hoje temos uma arma muito contundente para usá-la naqueles países onde ainda o aborto é ilegal.

http://www.lapop.org/content/view/60/23/