quinta-feira, 27 de março de 2008

Portugal: médicos se recusam a “interromper gravidez”

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Nenhum obstetra do distrito de Évora, em Portugal, aceita praticar a interrupção voluntária da gravidez (IVG), eufemismo que o aborto recebeu além-mar.

Não é só em Évora. Mais de 1200 médicos e obstetras declararam objeção de consciência ao aborto, em Portugal. A iniciativa dos médicos portugueses visa criar um registro nacional de profissionais “indisponíveis” para executar a IVG.

O registro é útil para evitar que os abortistas acusem os médicos de não realizarem o “procedimento” em hospitais públicos para supostamente ganharem mais dinheiro com a IVG em clínicas privadas.

A briga com os médicos deu-se por conta do artigo 47.º do código de conduta da classe considera a realização do aborto como uma “falha grave”.

Solução? O então ministro da saúde, Correia de Campos, instou a Ordem dos Médicos a alterar o Código Deontológico em conformidade com a lei. O que não aconteceu.

Resultado: o Ministério da Saúde mudou de ministro e a Ordem dos Médicos reelegeu o presidente que combateu o aborto.

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A propósito: morreu dia 21/02 uma das feministas pioneiras na promoção do aborto em Portugal. Tinha 66 anos. Não foi abortada.

Em Portugal o aborto foi legalizado ano passado e o Ministério da Saúde investe milhões para “democratizar o acesso” ao IVG.