quinta-feira, 12 de abril de 2012

Eutanásia: o que a Família Dinossauro tem a nos ensinar


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Uma velhinha, em sua cadeira de rodas, está prestes a ser lançada do alto um penhasco. Não, esta não é a cena de um crime: trata-se de um costume enraizado e aprovado por aquela sociedade. Para eles, os velhos são um estorvo e devem ser eliminados.
Essa é a trama principal do célebre episódio do “Dia do Arremesso”, da série “Família Dinossauros”. Dino da Silva Sauro estava todo faceiro com a iminente ocasião de jogar sua adorável sogra no poço de piche. Porém, Bob, seu filho adolescente, intervém a favor da Vovó Zilda e, com argumentos simples e incisivos, questiona a moralidade e o sentido deste costume milenar:
– Se eu perder isto, Bob, minha vida não significará nada! (Dino)
– Então… Acho que minha vida não significa nada. (Bob)– O que está dizendo?– Quando chegar a hora, eu não vou arremessar você.– E por que não?!– Por que você é o mau pai, e só porque ficou velho, não quer dizer que deixou de ser o meu pai!
vovo_zilda_familia_dinossauro
Por trás deste diálogo, que soará pueril a alguns, podemos ver um conceito de humanidade profundamente realista e justo, que considera o valor da vida do velho e do doente. Porém, nas últimas décadas, a sociedade ocidental mostra que tende a voltar aos tempos da barbárie, em que crianças indesejadas, deficientes, velhos e doentes eram descartados sem o menor pudor.

Uma análise feita pela Universidade de Göttingen sobre sete mil casos de eutanásia praticados na Holanda concluiu que, em 41% dos casos, o desejo de antecipar a morte do paciente partiu da família. Então, a ideia do estado era garantir e apoiar o suposto direito do indivíduo de cometer suicídio e se livrar de seu sofrimento, mas na prática a lei acabou acobertando oassassinato legal de parentes inconvenientes. Tá velho? Tá doente? Ô joga fora no lixo, ô joga fora no lixo, ô joga fora no li-i-i-ixoooo!
Na  Holanda, ocorrem quatro mil casos de eutanásia por ano. É tudo feito de forma muito “limpinha” e civilizada, com a assistência de médicos. Vejam que ironia: o estado holandês, que se preocupa tanto em defender o direito das “minorias oprimidas” – como marmanjões maconheiros, cafetões, prostitutas e homossexuais –, tá cagando e andando para as pessoas em estado terminal.
Por causa disso, já tem um monte vovôs fazendo a malas e migrando da Holanda para asilos na Alemanha, onde a eutanásia é proibida. Segundo o portal de notícias alemão Deutsche Welle, eles temem que suas famílias solicitem o serviço de “morte assistida”, e assim eles sejam submetidos à essa muy caridosaprática à sua revelia. E já tem gente querendo mexer os pauzinhos para entender as ramificações dessa cultura da morte aqui no Brasil…
Se você quiser conferir – ou relembrar – o episódio impagável do arremesso frustrado da Vovó Zilda, é só acessar os vídeos abaixo.