Por Jorge Serrão
O caminho para a imediata legalização do aborto no Brasil poderá ser escancarado a partir da próxima quarta-feira. Isto se os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal julgarem que são “constitucionais” as pesquisas com embriões no País. O lobby abortista transnacional trabalha nos bastidores para que se repita, por aqui, o mesmo que aconteceu nos EUA em 1973, quando a Suprema Corte acabou legalizando inteiramente o aborto, no julgamento do caso ROE X WADE.
A Ação Direta de Inconstitucionalidade número 3510 foi ajuizada pelo Ministério Público Federal contra o artigo 5ª da Lei de Biossegurança, que permite a destruição de embriões humanos para fins de pesquisa ou terapia. O relator da Adin, Carlos Ayres Brito, já emitiu seu voto “favorável”. Os demais ministros podem segui-lo. Até agora, o único ministro que já se manifestou publicamente pela inconstitucionalidade foi Carlos Alberto Direito. O voto dos demais é uma caixa-preta.
O Padre Luiz Carlos Lodi da Cruz, Presidente do Pró-Vida de Anápolis, adverte: “O que está em jogo no julgamento do STF não são as pesquisas com células-tronco, que não precisam molestar os embriões humanos. O que está em jogo verdadeiramente é o valor da vida humana. Os Ministros decidirão se um membro da espécie humana só tem direitos após uma determinada idade (por exemplo, 14 dias), após um determinado acontecimento (por exemplo, a implantação no útero ou o nascimento) ou após adquirir um determinado tamanho (como a estatura daqueles que hoje ocupam os tribunais)”.
Luiz Carlos Lodi da Cruz lembra que os beneficiários diretos de uma decisão favorável à morte dos embriões serão os abortistas. “De fato, se o Supremo decidir que os embriões humanos não são sujeitos de direitos, as portas estarão abertas para a liberação do aborto durante dos nove meses de gestação. A opinião pública, em sua grande maioria contrária ao aborto, está sendo manipulada pelos abortistas que se dizem defensores das pesquisas e da ciência. Como sempre, a desinformação é a grande arma dos fautores da cultura da morte”.