domingo, 1 de junho de 2008

Aborto da natureza

por Redação MSM em 25 de janeiro de 2007

Resumo: Mesmo sem saber, o cidadão paulista que corre risco de ser engolido por um buraco de construção de metrô, está financiando um documentário cujo próprio título de duplo sentido parece sugerir uma certa intencionalidade: “Aborto legal”.

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Mesmo sem saber, o cidadão paulista que corre risco constante de ser engolido por um buraco de construção de metrô, está financiando um documentário cujo próprio título de duplo sentido parece sugerir uma certa intencionalidade: Aborto legal. A produção é financiada através do Programa Fomento ao Cinema Paulista, “realizado anualmente desde 2003”, trata-se de um consórcio de empresas públicas de São Paulo e de empresas privadas atuantes no Estado, que investem na atividade cinematográfica através de renúncias fiscais previstas nas leis 8.685-93 (Lei do Audiovisual) e na Lei 8.313/91. Neste programa, cabe à Secretaria de Estado da Cultura a coordenação do processo seletivo dos projetos e a intermediação operacional entre as empresas investidoras e os produtores. A seleção dos projetos se dá através de concurso público, com comissões de seleção compostas por profissionais do setor.

Segundo os registros oficiais, presentes no site da Agência Nacional do Cinema, o filme é um documentário de longa metragem sobre a discussão da questão do aborto por meio da investigação dos casos permitidos pela lei brasileira”.

Como o próprio título sugere, não é difícil se imaginar o grau de envolvimento e isenção em relação ao tema. É improvável se imaginar o Estado Brasileiro subsidiando uma produção que, por exemplo, fosse chamada de “Aborto ilegal” ou expressão equivalente, e se dispusesse a mostrar a questão por uma perspectiva espiritual e não funcionalista.

Dispondo de quase meio milhão de reais para abordar o tema, o documentário deve se juntar a uma infinidade de outros filmes nacionais, de recorte idêntico e com total financiamento de recursos públicos, cuja verdadeira natureza invariavelmente não escapa da mera propaganda ideológica esquerdista. “Aborto legal” ainda não foi exibido e dessa forma não pode ser julgado. Porém, ainda que mantenha a escrita e repita simplesmente a conhecida ideologia dos militantes profissionais do aborto, uma coisa é certa: o filme já foi pago e, quer queiramos ou não, com o dinheiro de todos nós, tolos e compassivos contribuintes brasileiros.