quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Candidata presidencial com mais chances de vencer perde votos no primeiro turno — o aborto é questão chave

Julio Severo e Matthew Cullinan Hoffman
BRASÍLIA, Brasil, 5 de outubro 2010 (Notícias Pró-Família) — A questão do aborto pode ser a principal razão por que Dilma Rousseff, que era a candidata que tinha mais chance de vencer, não conseguiu obter maioria nas eleições presidenciais de domingo, de acordo com a imprensa brasileira.
As pesquisas de opinião pública nas semanas antes das eleições tinham sistematicamente dado para Rousseff, que representa o Partido dos Trabalhadores que está no governo, uma vitória de 59-51%. Contudo, Rousseff pôde obter apenas 47% da votação depois que sua posição de liderança caiu entre os eleitores evangélicos, após a distribuição de vários vídeos no YouTube ligando Rousseff e o Partido dos Trabalhadores à legalização do aborto.
Em sua reportagem, o jornal Estadão disse que “membros da campanha de Dilma Rousseff reconhecem que não conseguiram dar uma resposta eficiente às questões religiosas, como a legalização do aborto. Para eles, essa foi a principal razão que fez com que os votos de Dilma, principalmente entre as classes mais baixas, migrassem para a candidatura de Marina Silva”.
“Durante a fase final da campanha, Dilma começou a perder votos de eleitores evangélicos e católicos porque ela seria favorável à proposta de se legalizar o aborto no país”, acrescenta o jornal.
Folha de S. Paulo de forma semelhante reparou na queda, declarando que “Dilma Rousseff (PT) perdeu votos particularmente entre os eleitores evangélicos durante o mês de setembro e, no mesmo período, sua rejeição nessa parcela do eleitorado aumentou mais de 50%.”.
A virada surpresa de Rousseff para o segundo turno ocorreu depois de uma campanha em massa liderada por pastores evangélicos, bispos católicos e blogueiros pró-vida que trabalharam diligentemente para informar eleitores de opinião semelhante do histórico pró-aborto de Rousseff.
Conforme LifeSiteNews noticiou anteriormente, um pastor evangélico foi ameaçado com ação legal por deputados do Partido dos Trabalhadores no mês passado depois de sua pregação incentivando seu rebanho a não votar nos candidatos do Partido dos Trabalhadores por causa da agenda política pró-aborto e homossexualistas do partido. A pregação dele foi transformada num vídeo de YouTube e recebeu milhões de visitações.
Depois de sua queda precipitada nas pesquisas de opinião pública, Rousseff deu uma entrevista coletiva à imprensa no final de setembro afirmando que ela é “pessoalmente contra o aborto”, o que ela chamou de “violência” contra as mulheres. Contudo, a explicação dela pareceu ter pouco efeito no resultado da votação de domingo.
Dilma Rousseff, uma ex-guerrilheira marxista que passou três anos na prisão por suas atividades e esteve certa vez implicada no assassinato de um adido militar americano estacionado no Brasil, foi escolhida pessoalmente por Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente ultra-popular do Brasil, para sucedê-lo. Na eleição de segundo turno ela terá um confronto direto com José Serra do Partido Social Democrático Brasileiro, o qual obteve 32% dos votos no primeiro turno. Contudo, o Partido dos Trabalhadores já ganhou a maioria das vagas no Congresso Nacional no primeiro turno da votação, garantindo que a hegemonia do partido continuará, pelo menos no Poder Legislativo do governo.
Veja a cobertura anterior de LifeSiteNews:
Candidata presidencial do Brasil com mais chances de vencer declara-se “pessoalmente contra” o abortohttp://noticiasprofamilia.blogspot.com/2010/09/candidata-presidencial-do-brasil-com.html
Pastor brasileiro é ameaçado pelo governo por se opor às políticas pró-abortohttp://noticiasprofamilia.blogspot.com/2010/09/pastor-brasileiro-e-ameacado-pelo.html
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês:http://www.lifesitenews.com/ldn/2010/oct/10100501.html