terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A propósito sobre o sr. Obama

Como previsto, o homem já começou mal... Como costumo dizer, é tudo farinha do mesmo saco, todos descendentes do mesmo May Flower... Não nos enganemos: no fundo a única preocupação de Obama é com seu próprio país e seus interesses. Afinal, o que esperar de um presidente que tem como Secretária de Estado, Hillary Clinton? Permitam-me explicar, brevemente, o que significa para a vida humana o ato do presidente ao anular as medidas de Bush contra os grupos defensores do aborto.

Anular as medidas contra grupos defensores do aborto, significa jogar fora o acordo feito pelo presidente Reagan em uma conferencia sobre população ocorrida na Cidade do México em 1984 pelo qual os EUA se comprometiam ficar fora do negócio do aborto no exterior, ou seja, negar a concessão de verbas oriundas da Agência Internacional para o Desenvolvimento (USAID) para organizações internacionais que executassem, promovessem ou fizessem lobby pela legalização do aborto. Este acordo se baseou no fato do aborto ser sempre e em toda parte um ato polêmico. Na ocasião também havia forte pressão dos cidadãos americanos no sentido de não ter seus impostos aplicados no financiamento deste ato. Além disso, muitos países restringem severamente o ato do aborto quando não o eliminam completamente. Diante disso, impor o aborto no exterior através de organizações financiadas pelos americanos, além de arranhar a imagem dos EUA, prejudica a saúde de mulheres mais vulneráveis nos países em desenvolvimento.

Depois de Reagan, Clinton suspendeu o acordo também nos primeiros dias de seu mandato e, posteriormente, Goerge W. Bush o restabeleceu.

Aos que não sabem e ainda consideram Obama maravilhoso, os primeiros beneficiários de seu desastrado ato serão os radicais da Federação Internacional de Planejamento Familiar (IPPF). Com efeito, a partir do momento em que tenham seus cofres novamente engordados por uma ajuda generosa da USAID, seus agentes espalhar-se-ão pelo mundo promovendo o aborto onde já é legalizado, fazendo lobby pela sua legalização e realizando tantos abortos quanto possível, muitas vezes, indo contra às leis locais. Atualmente, cento e dez países (de acordo com o Instituto de Pesquisas Populacionais (PRI - Population Research Institute (www.pop.org)) proíbem qualquer tipo de aborto ou permitem-no sob circunstâncias muito restritas. As constituições de muitos países latino americanos, por exemplo, definem que a vida começa na concepção e protegem o nascituro a partir deste momento. A IPPF e organizações similares, desrespeitando tanto a soberania destes países como a vontade de seu povo, estão determinadas a mudar esta situação. Denigrem completamente a imagem do nascituro tornando-o sub humano e procuram negar-lhes o direito à proteção do Estado. Além disso, realizam abortos aos milhares. Quanto imperialismo cultural, não é mesmo?

Paradoxalmente, o mundo fica chocado com milhares de mortes no recente conflito entre Israel e Palestinos e repudia a presença americana no Iraque, mas, aceita, pacificamente, este primeiro ato do novo presidente americano contra a vida! Acredito que o mínimo que podemos fazer é divulgar e esclarecer aos ingênuos sobre a gravidade deste ato equivocado.

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Jorge Luiz Pereira