segunda-feira, 30 de março de 2009

Em sua 3ª. edição, o “Grande Ato Público em Defesa da Vida” lotou a Praça da Sé

Vista parcial do público na concentração anti-aborto na Pça. da Sé (capital paulista)
Paulo Roberto Campos


— “Boa tarde!”, disse o passageiro.

— “Aborto é uma lei assassina!”, respondeu o taxista.

Estranho esse cumprimento, não é? Muito! E por isso me explico.

Terminada a grande manifestação antiaborto, ocorrida ontem (28-03-09) na Praça da Sé, peguei um táxi num ponto da própria praça. Entrei no primeiro que estava livre e… entabulou-se o diálogo acima.

O taxista percebendo que eu estava saindo da manifestação, perguntou-me se tudo tinha transcorrido bem.

— “Muito bem! Foi ótimo!”

— “Mesmo eu estando de fora, deu para perceber o engajamento do povo”.

— “É verdade. Gente entusiasmada, vinda de diversos bairros, e até de outras cidades, para manifestar seu repúdio à legalização do aborto, que o Sr. classificou muito bem: “lei assassina”.

Até o táxi chegar frente ao prédio onde moro, a conversa foi toda a respeito da questão do aborto no Brasil e sobre o ato que tinha se encerrado há pouco na Praça da Sé.
Assim como o cumprimento inicial, a despedida também foi estranhíssima… Reveladora de uma nova mentalidade que está nascendo:
— “Bom fim de semana!”

— “Para o senhor também. Viva a vida!”

— “Viva a vida!”
(não pude deixar de responder, usando essa nova forma de despedir…).

Este casinho é apenas um exemplo, entre milhões e milhões, do quanto o povo brasileiro reprova a prática abortiva. Como se sabe, uma pesquisa do Datafolha constatou que 87% da população são contrários ao aborto.
* * *

A 3ª edição do “Grande Ato Público” foi organizado pelo "Comitê Estadual do “Movimento Nacional em Defesa da Vida – Brasil sem Aborto”, e contou com a participação de várias associações pró-vida.

Após o Hino Nacional, o evento foi aberto pela advogada Marília de Castro, coordenadora estadual do Movimento (foto abaixo), perante um público estimado em mais de 10 mil pessoas.

Dra. Marília de Castro, dirige-se ao público, dando início ao evento

No palco montado naquela enorme praça, fizeram uso da palavra vários oradores (na foto abaixo, alguns deles). Eram representantes de diversos setores da sociedade, civil e religiosa, que tiveram a oportunidade de expressar sua posição frente àquela multidão. Sob diferentes aspectos, eles demonstraram como a vida deve ser defendida desde a concepção até a morte natural. Conclamaram a todos para atuarem nessa defesa da vida desde a concepção; estarem sempre alertas; e pedirem aos seus próximos para eles também se manifestarem contrários à legalização do aborto.

No momento, o Dr. Cícero Harada (presidente da Comissão da Defesa da República e Democracia, da OAB-SP) dirigindo-se aos partipantes

Muitas e muitas páginas seriam necessárias para reproduzir tudo que foi muito bem expresso pelos eminentes oradores. Nesta impossibilidade, faço aqui apenas um resuminho do que eles disseram para relembrar sobre o andamento do “Projeto de Lei” abortista (PL 1195/91), o qual constitui uma prioridade de governo para a bancada petista.

Assim como os anteriores Atos anti-aborto, realizados em São Paulo e em outros Estados, influenciaram na votação de que resultaram duas derrotas para a bancada abortista, esta terceira manifestação na Praça da Sé poderá ajudar a influenciar o Congresso Nacional para derrotar definitivamente o nefando PL 1195/91.

Primeiramente, no dia 3 de maio de 2008, o projeto abortista foi rejeitado na “Comissão de Seguridade Social e Família” — reprovado por 33 x 0 votos. Depois, no dia 9 de julho do mesmo ano, foi novamente reprovado — desta vez por 57 x 4 — na CCJ da Câmara dos Deputados (“Comissão de Constituição e Justiça”). Nas duas votações, a maioria dos parlamentares pró-aborto, percebendo que seriam derrotados, se retiraram...

Devido à flagrante derrota, deveria o PL 1195/91 ser considerado inconstitucional e arquivado. Entretanto, o deputado (ex-guerrilheiro) José Genoíno, por manobras regimentais, obteve a reabertura do projeto para ser votado no “Plenário da Câmara” — o que poderá ocorrer proximamente.

Se a bancada petista obtiver vitória, poderá ser legalizado o aborto no Brasil, em qualquer caso, e até o 9º mês de gravidez!!! (desde a concepção até o momento do parto...). Seria, portanto, a legalização do crime!

Assim sendo, os oradores de um lado conclamaram todos os presentes para demonstrarem o quanto a imensa maioria dos brasileiros não deseja a legalização do aborto, e de outro, a pressionarem os congressistas a votarem contra o “Projeto de Lei” abortista. A causa pela vida poderá assim obter a vitória no plenário da Câmara, apesar das manobras dos deputados e do lobby internacional pró-aborto.

Esses — que pretendem tornar legal a matança de nascituros inocentes — não descansarão enquanto não conseguirem alcançar seu péssimo intento. Não descansemos também nós até conseguirmos a vitória definitiva: impedir a descriminalização do crime do aborto — uma lei assassina!

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PS: Seguem algumas fotos que ontem tirei desse evento. Os que desejarem receber em alta resolução (para alguma publicação, por exemplo) alguma(s) dessas ou outras fotos, peço comunicar-me por e-mail (abaixo). Terei prazer em atendê-los.

prccampos@terra.com.br

http://blogdafamiliacatolica.blogspot.com/










Na foto acima, a Dra. Alice Teixeira (professora associada de Biofísica da UniFESP/EPM, na área de Biologia celular) usou uma camiseta negra, segundo ela, em sinal de luto pelos milhões de nascituros mortos pelo aborto em nosso País. Encerrou suas palavras com um belo conselho: "rezem o terço, pedindo que o Brasil fique livre do crime do aborto".